Simbolismo iconográfico

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Os simbolismos que queremos explorar neste ícone são os seguintes:

Nas vestes de Jesus os simbolismos das cores são iguais aos ícones anteriores.

Jesus estende seu braço e mão direita em direção a Adão e aos animais, porque está ordenando a eles que se apresentem diante de Adão, que é o rei da criação, para que ele lhes dê nomes.

Tem em sua mão esquerda um rolo de papel que simboliza a Palavra do Pai e o plano da criação.

Em sua auréola, em vez das letras gregas costumeiras que significam: “Aquele que é”, vemos três pequenos losangos. O três é o número da Trindade e o losango é símbolo da união do humano e do divino, do terrenal com o celestial.

Atrás do homem vemos a árvore do conhecimento do bem e do mal, esta é a árvore da qual o homem estava proibido de comer e era a prova pela qual ele precisava passar para chegar a árvore da vida e depois entrar no descanso de Deus e ver o seu rosto. A árvore tem dois ramos entrelaçados que formam o tronco. Essa configuração dupla do tronco simboliza o bem e o mal.

O homem aparece duas vezes neste ícone. Está localizado em dois lugares diferentes. No primeiro momento aparece agachado na montanha que está atrás, onde não há nenhuma planta, simbolizando que ele foi criado fora do Jardim e foi formado do barro do Éden. Em um segundo momento Adão aparece em pé rodeado por um jardim e pelos animais, este jardim foi plantado por Deus ao leste do Edén e Deus o colocou alí para que ele fosse o rei e senhor de todos os animais e sacerdote do templo santo que Deus havia preparado.

O pergaminho estendido que Adão tem em suas mãos simboliza a inteligência e o poder para dar nome aos animais que Deus criou e colocou dentro do jardim. A ciência que Adão tem é recebida de Deus, seu Pai.

São nove os animais que podemos ver no jardim. O número nove é o número da hierarquia angelical que canta eternamente a glória de Deus. Assim como os anjos louvam a Deus, cantando hinos em sua honra, também os animais a sua maneira prestam culto ao seu Criador.

Em especial podemos citar o galo que embora no contexto da criação seja igual aos outros, nas relações simbólicas com o Novo Testamento este animal já insinua a traição de Adão.

A montanha é o lugar onde ao longo da história da salvação Deus se fez varias vezes presente, por isso, simboliza a união entre o céu e a terra. Deus criou o mundo para habitar nele e enchê-lo de sua glória. E os lugares altos, em particular a montanha, são os lugares escolhidos por ele para se manifestar. No topo das montanhas ou lugares altos, é onde o homem deve prestar culto a Deus, seu Criador.