Farei deles uma única nação no país, sobre as montanhas de Israel, e um só rei será o rei de todos eles. Nunca mais formarão duas nações nem tornarão a se dividir em dois reinos.
Ezequiel 37, 22
Como é preciosa a tua graça, ó Deus!
Salmo 36, 8–10
Os homens se refugiam à sombra das tuas asas.
Saciam-se da abundância da tua casa, da torrente das tuas delícias lhes dás de beber. Pois em ti está a fonte da vida e à tua luz vemos a luz.
Onde só havia trevas, Deus fez surgir a Luz em Cristo. Quando tudo parecia perdido, Ele deixou um pavio, um sopro, uma pequena chama com a qual acendeu um incêndio de luz que logo se espalhou pelos confins do mundo. Esta luz brota de um fogo que arde profundamente dentro de nós: o amor. E o amor não se extingue, como diz São Paulo. Através do amor, o fogo que Cristo trouxe à terra, Ele quer vencer também o nosso coração e reinar nele.
O desafio de Jesus Cristo não é iluminar o exterior, mas o interior, o coração dos homens que está rodeado pelas trevas do pecado. O Apóstolo diz: «não reine, pois, o pecado em vosso corpo mortal» (Romanos 6, 12); mas Jesus Cristo deve reinar em nossos corações. Isso acontecerá quando cada um de nós destronar o rei impostor de nossos corações, quando estivermos dispostos a obedecer ao nosso verdadeiro Rei e observar seus mandamentos. Esta é a prova de que nos deixamos vencer pelo seu amor: «Se me amais guardareis os meus mandamentos. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como Eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos» (João 14, 15; 15, 12-13).
No final, Cristo vencerá e será o rei dos corações. Esses corações inevitavelmente terão que se render, mas não por força, mas por amor. E esta será uma doce derrota, pois vencidos reinaremos com Ele, e seu Reino não terá fim. «Amor vincit omnia et nos cedamus amori» (O amor vence todas as coisas e demos lugar ao amor) (Virgílio, Égloga X, 69).