Quem vai subir o monte do Senhor, quem vai ficar no seu santuário?
Salmo 23, 3-4.6
Quem tem mãos inocentes e coração puro, quem não corre atrás de vaidades, quem não jura para enganar seu próximo.
Este alcançará do Senhor a bênção, e justiça de Deus seu salvador.
É esta a gente que o procura, que procura a face do Deus de Jacó.
As bem-aventuranças estão no centro da pregação de Jesus. Jesus ordena-lhes, não tanto à posse de uma terra, mas ao Reino dos Céus. As bem-aventuranças descrevem a caridade de Jesus Cristo. Exprimir a vocação dos fiéis associados à glória da sua Paixão e Ressurreição; iluminam as ações e atitudes características da vida cristã. Essas bem-aventuranças são promessas paradoxais que sustentam a esperança nas tribulações. São inauguradas na vida da Virgem Maria e de todos os santos.
As bem-aventuranças respondem ao desejo natural de felicidade. Este desejo é de origem divina: Deus colocou-o no coração do homem para o atrair a Ele, o único que pode satisfazê-lo: «Como é que, Senhor, eu te busco? Porque, ao buscar-te, meu Deus, busco a vida feliz, faz-me buscar-te para que a minha alma viva, porque o meu corpo vive da minha alma e a minha alma vive de ti» (Santo Agostinho, Confissões, pp. 10, 20, 29).
Tal bem-aventurança supera a inteligência e as forças humanas. É fruto do dom gratuito de Deus. É por isso que o chamamos de sobrenatural. A bem-aventurança prometida convida-nos a purificar os nossos corações dos seus maus instintos e a procurar o amor de Deus acima de tudo. Ensina-nos que a verdadeira alegria reside em nada nem em ninguém, a não ser em Deus, fonte de todo o bem e de todo o amor. É por isso que avançamos passo a passo pelos caminhos que levam ao Reino através dos atos de cada dia, sustentados pela graça do Espírito Santo.