Temática bíblica – As pragas

O Deus dos Hebreus apareceu-nos: Deixe-nos ir ao deserto, a três dias de caminho, para oferecer sacrifícios ao Senhor, nosso Deus, para que não nos fira ele pela peste ou pela espada.

Êxodo 5, 3

O serviço que os israelitas deveriam prestar a Deus era principalmente um serviço litúrgico. Pois o ofício próprio do rei é servir, e Deus queria que eles O servissem oferecendo culto. Isto é, que fossem «um reino de sacerdotes que reinam sobre a terra» (Apocalipse 5, 10).
O modelo de um rei e sacerdote do Deus Altíssimo foi Melquisedeque. O sacerdócio, segundo esta ordem, é um sacerdócio eterno. Davi também seria um sacerdote-rei como Melquisedeque. Por isso, «entrou na casa de Deus e comeu com os seus companheiros os pães da Presença» (cf. Mt 12, 4).
Ao manifestar Seu poder flagelando o Egito com as dez pragas, cada uma representando um deus egípcio, Deus quer libertar Seu povo para que possam fazer liturgia na montanha, para que possam seguir esse modelo de rei-sacerdote. Mas o povo, em vez de adorar a Deus depois de sua libertação, prostrou-se diante do bezerro de ouro. É por isso que Deus restringiu o ministério sacerdotal a uma única tribo de Israel, a tribo de Levi.
Jesus Cristo restaurou este ministério para que todos possam participar dele. Cristo ofereceu a todos um único sacrifício, cujo mérito de valor infinito nos lavou de todos os nossos pecados e nos torna participantes de sua filiação divina. Deste modo, «fez-nos um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai, glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém» (Apocalipse 1, 6).